quinta-feira, 18 de outubro de 2007







Oahu

Descrever nossa ida a Oahu é sem dúvida algo muito difícil, e mais uma vez percebo minha limitação com as palavras, ainda assim daria pra escrever um capítulo bem longo, mas acho melhor resumir e escrever capítulos mais curtos.

A chegada.

Saímos bem cedo de casa e quando chegamos ao aeroporto ainda estava bem escuro. Do avião pudemos ver o sol nascer enquanto voávamos por cima de Lanai que é uma pequena ilha, que sobrevoamos no trajeto, com uma pequena população, aproximadamente 3000 hab, concentrados em uma vila.
Conhecida como Pinaple Island, pelo seu passado, com uma ampla plantação de abacaxis.
É engraçado, esta é minha terceira vez em Oahu, apesar de já saber que é uma grande cidade com engarrafamentos, shoppings e arranha-céus, ainda fico na esperança de ao descer do avião encontrar com o Sr Roarke e o Tatu dizendo: "Bem vindos à Ilha da Fantasia", com havaianas colocando os “Leis” no pescoço dos visitantes. Se é isto que está esperando, tire esta imagem da cabeça para não ficar decepcionado; a imagem que se tem sempre, é dos filmes com as Ilhas do Pacífico sul, muitos coqueiros e cabaninhas. Quando você chega num grande aeroporto, desembarca, pega seu carro e entra numa freeway em direção a Waikiki onde a maior parte das pessoas ficam hospedadas. Dá sempre a impressão de que desembarcamos no lugar errado. Quando passamos pela Kalakaua Av. com suas lojas de grife enfileiradas, parece mais Rodeo Dr do que Hawaii. A Rita que estava visitando a Ilha pela primeira vez, ficou atônita.

Visita a Pearl Harbour:

Como chegamos muito cedo não podíamos fazer o check-in, que era só as 15:00. Só o que já estava aberto para visitação era Pearl Harbour, onde fica o Arizona Memorial, construído em cima do SS Arizona que afundou no ataque dos japoneses no dia 7 de Dezembro de 1941. Rola um clima bem respeitoso, afinal de contas milhares de pessoas morreram neste ataque e estão até hoje enterrados (ou melhor, afundados) nos próprios navios.
Assistimos a um filme que explicou o ataque Japonês e a entrada dos USA na guerra.

Caso tenha curiosidade ai vai, caso não tenha pode pular esta parte:

A Liga das Nações, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália e os Países Baixos, todos dos quais com interesses territoriais no Sudoeste da Ásia, desaprovaram os ataques japoneses contra a China, e responderam com condenação e pressão diplomática. O Japão protestou e retirou-se da Liga das Nações em protesto. Em julho de 1939, os EUA aumentaram a pressão ao terminarem o tratado comercial estadunidense com o Japão, que tanto mostrou oficialmente a posição dos EUA, como removeu quaisquer barreiras legais contra embargos. O Japão continuou com a sua campanha militar na China e assinou o tratado Anti-Comintern com a Alemanha Nazista, formalmente acabando com as hostilidades do fim da Primeira Guerra Mundial, e declarando interesses comuns entre os dois países. Em 1940, o Japão assinou o Pacto Tripartite com a Alemanha Nazista e a Itália fascista para formar os poderes do Eixo.
As ações japonesas fizeram assim com que os EUA criassem embargos contra as importações japonesas de metal e gasolina e fechassem o Canal do Panamá a embarcações japonesas. A situação continuou a agravar-se, e em 1941 o Japão avançou para o norte da Indonésia. O governo estadunidense respondeu congelando todos os bens japoneses nos EUA e iniciaram um embargo completo às importações japonesas de petróleo. O petróleo era provavelmente o recurso mais crucial para o Japão, devido aos seus próprios recursos petrolíferos serem bastante limitados, pois 80% das importações japonesas de petróleo vinham dos EUA. Certamente a Marinha Imperial Japonesa dependia inteiramente de petróleo importado.
As negociações diplomáticas intensificaram-se quando os Estados Unidos enviaram uma nota ao Japão, o qual o primeiro-ministro Hideki Tojo descreveu ao seu gabinete como um ultimato. O Japão sentiu que teria de escolher entre aceitar os termos dos EUA e do Reino Unido — retirando-se assim da China e dos territórios à volta dela — ou continuar o seu expansionismo. Preocupado em perder status e prestigio na comunidade internacional se o Japão recuasse, e percebendo a ameaça dos poderes Ocidentais, que controlavam território no Pacífico e na Ásia Oriental, para a sua segurança nacional, o governo imperial japonês que tinha já opções militares preparadas, decidiu executá-las, entrando assim em guerra com os EUA, o Reino Unido e a Holanda. Tendo já assinado o Pacto do Eixo com a Alemanha Nazista, a Itália fascista e outros países, significou que o Japão teria de lutar contra os poderes Aliados ao lado dos seus aliados.
Descobri que tinha até um Koch (família da minha avó paterna) na lista dos mortos no ataque.
Havia alguns sobreviventes daquele dia por lá; tiramos fotos com eles e eles escreveram uma dedicatória na carteira da Rita. Eles são muito espirituosos e simpáticos.

Chegada a Waikiki:

Depois da visita ao SS Arizona fomos para Waikiki, despejar as bagagens no hotel enquanto não podíamos fazer o check-in e saímos pra bater perna. Fomos até a loja da Oakley e fizemos a festa - hehehe, passeamos pelo International Market, caminhamos pela orla da praia e ficamos babando a cor do mar e os surfistas com suas long boards surfando em ondas sem fim. Fomos almoçar um lugar muito gostoso com vista para o mar e tomamos 2" longboard" que é uma cerveja local muito boa. Não dava pra querer muito, mas estava tudo perfeito, até os pássaros que entram à vontade no restaurante e pousam na sua mesa sem medo, curtem o lugar.
Finalmente fizemos o check-in, deixamos as coisas no quarto e fui correndo alugar uma Long pra que eu também pudesse aproveitar as ondas.
Depois disso ficamos ali sentados na mureta da praia só curtindo o visual do por de sol, onde você fica com certeza de que Deus estava muito inspirado quando fez este local.
Pra completar ainda havia uma banda, que depois descobrimos ser “ Manoa DNA”, mas isto já é pro próximo capitulo, tocando Eagles e musicas havaianas contemporâneas no Lulu’s, que é bar/restaurante/ danceteria, do outro lado da rua. Os caras são muito bons. Mais uma vez não dava pra pedir mais nada deste fim de tarde.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Lu'au

Eu como blogueiro estou deixando a desejar!!
Mas não é fácil curtir o Hawaii e ainda contar tudo que esta acontecendo.
Bem agora já estou de volta a Sampa e não contei nem metade das coisas todas que passaram mas de qualquer forma vou escrever sobre os dias inesquecíveis que passamos por lá.
Talvez demore um pouco e ainda vai demorar para postar as fotos, pois ficaram no computador do meu tio e ele deve mandar tudo por CEDEX foram mais de 4 Gigas.
Vou ter bastante trabalho para organizar tudo.
Na última vez que escrevi estava indo para o Luau, então vamos partir daí.
The Old Lahaina Luau, é o mais Hawaiano dos luaus, ele é feito num local que parece um parque de exposições a beira mar, tudo muito lindo, é um cenário de filme de Elvis, alias procurei mas ele não estava por lá, pois se ele não morreu com certeza é lá que ele mora hehehe, fomos recebidos por Havaianas e Havaianos legítimos (sem trocadilho) que quando chegamos nos colocaram os Lei ( o colar havaiano), já na porta recebemos um Mai thai e fomos levados a nossa mesa, nos convites estava escrito que era nosso aniversário de casamento, que na verdade foi no dia 27/09 mas como não tinha lugar naquele dia comemoramos do dia 3 mesmo. Sentamos numa mesa com um grupo de Canadenses que pareciam estr em uma carteira de escola onde a professora tinha mandado eles ficarem quietinhos, o povo comportado, mesmo depois de várias tentativas continuaram bastante monosilábicos. Fomos dar uma rodada para tirar fotos, detalhe o Luau é sempre feito ao por do sol o que acrescenta muitos tons de cores ao momento, muita gente usando seus “aloha shirts” inclusive eu, aliás as camisas coloridas não é coisa de gringo são uma vestimenta comum entre os havaianos. Pudemos ver e fotografar a cerimônia da Pu’a Kalua onde eles desenterram o porco assado no Imu, deixa eu explicar, o Imu é um “forno” na verdade um buraco cavado no chão onde são colocadas pedras incandescentes forradas com folhas, normalmente de bananeira e de chá, o porco salgado é colocado neste buraco e coberto com mais folhas, pedras e depois coberto com a areia. Por este motivo quem cozinha em casa de Havaiano é homem pois é uma tarefa braçal muito grande, mesmo porque depois disso tudo ainda tem que desenterrar o bicho cortar e servir, não é mole não.
Segundo nosso mestre de cerimônias, enquanto desenterrava o porco contava que o Lu’au tem muitos motivos mas a celebração principal é do aniversário do primeiro ano de uma criança, uma vez que durante muitos anos as crianças não chegavam ao seu primeiro aniversário.
Existe uma grande fartura de comida e bebida, Mike que estava servindo nossa mesa nos disse “Hawaiians don´t eat till they´re full, hawaiians eat until they are tired”, “ havaianos não comem até ficarem cheios, havaianos comem até ficarem cansados” olhando pelas ruas pode se ver que esta afirmativa não esta muito longe da verdade.
Comemos uma grande variedade de peixes crus e assados, o nosso amigo porquinho não foi deixado de lado, mandamos ver comemos e bebemos até cansar.
Depois disso começam as apresentações de música e dança, com todo o simbolismo de quem conta lendas e fatos históricos através de uma música, em alguns momento muito cheia de força e sentimento até mesmo melancolia em outros num frenesi de alegria extrema. A dança e as cores vivas são difíceis de descrever mas ficam sem dúvida gravadas na mente de quem assiste a este espetáculo.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Haleakala

Hoje levantamos as 4:30 da matina para ver o nascer do sol no topo do Haleakala, mais uma visao de outro mundo. Subimos a 3055 m de altitude, pudemos ver o sol nascer atraves das nuvens que estavam bem abaixo do pico. O colorido de uma aquarela completa pegando fogo, incendiando as nuvens da alvorada gelida e bota gelida nisso, tava um frio de rachar com um ventoo que parecia que ia congelar os dedos, viu tentei descrever, ficou meio brega mas acho que deu pra entender. Fizemos algumas pequenas caminhadas e tiramos muitas fotos.
Tinha muita gente descendo pela estrada do vulcao de bicicleta, estamos ate pensando em fazer o mesmo.
Masmo com o pouco que caminhamos ja deu pra sentir os efeitos da altitude, quando nos esforcamos mais rapidamente ficamos ofegantes.
Bem hoje a noite vamos para um Luau em Lahaina que e conhecido como o mais tradicional do Hawaii, iamos dar uma passada na praia mas como ficamos com medo de nao aguentar a noite resolvemos almocar e descancar um pouco, a noite promete.

Mamas Fish House

Ontem fomos almocar com Vitor, amigo do tempo de vestibular que casualmente descobri que mora por aqui pouco antes da nossa vinda, fomos convidados por ele e seu companheiro Doug para almocar no Mama's Fish House, o melhor restaurante de Maui realmente um espetaculo tanto a localizacao como tambem a comida e a compania tambem nota 1000, chegamos ao meio dia e quando vimos ja era 16:00.
O cardapio do restaurante muda diariamente, dependendo dos peixes que sao pescados e vendidos para o restaurante no dia, assim no cardapio vem escrito o peixe e o nome do pescador, Daniel , meu primo frequentemente vende os peixes que pesca para eles. Na quinta feira sairemos numa pescaria com ele, vamos ver se damos sorte.
Obrigado Vitor e Doug pelo convite!!
Quando estiuverem em Sampa esperamos poder retribuir.

Fim de semana relax


Este fim de semana foi muito bom, pudemos ir a praia com o Bruno e com a Elisete, meu tio e sua esposa, no sabado fomos a uma praia aqui perto, Baldwin Beach Park, a familia Baldwin e dona de grande parte da ilha. Esta praia tem aquela agua que varia de verde clara ate azul bem escuro, deve ter uns 1000 m de largura, pude ir e voltar nadando e curtindo o visual.
Na parte da tarde fomos as lojas mas nao compramos nada estamos mais focados em gastar com a viagem e com os passeios e aventuras.
No domingo fomos para uma prainha muito simpatica e onde deu pra nadar uma monte a agua bem transparente, tinha muitos mergulhadores por la, encontramos mais um grupo de tres brasileiros e a tarde, adivinhe, mais churrasco. Daqui a pouco vou acabar mugindo hehehehe.