sábado, 29 de setembro de 2007

Contorno do noroeste da ilha








Estou reescrevendo tudo a respeito dos ultimos dias. Perdi tudo em algum lugar da internet agora licao aprendida vou escrever tudo no word primeiro.
Vamos la!
No dia 27 fizemos um roteiro espetacular, contornamos o noroeste da ilha pela Estrada 340 que alem de muito estreita, em alguns pontos so passam um carro de cada vez e a beleza da vista a torna ainda mais perigosa pois o motorista e facilmente destraido e com isto pode na melhor das hipoteses causar uma batida e na pior alguem cair de um dos despenhadeiros que por sinal em sua maioria nao tem nenhuma barreira de seguranca.
Apesar disso eu recomendo e um passseio de tirar o folego, em alguns momentos de medo hehehe, mas na maior parte do tempo pela beleza das vistas.E muito dificil por em palavras e seria necessario alguem mais competente do que eu para esta tarefa, assim que consegir reduzir as fotos vou deixar que elas falem por si mesmas.
Os pontos altos, se e que e possivel destacar alguns no meio de tanta beleza natural, eu diria que a vila de Kahakulua, Honokahau Bay e Honolua Bay.A continuacao a estrada muda de 340 para 30 da um certo alivio pois a estrada volta ao padrao dos Estados Unidos, larga e bem lizinha.
Seguimos passando por Kapalua, Napili, Kahana, Hokowai,Kaanapali e finalmente Lahaina Ao longo desta estrada existem diversos Beach Parks onde se pode passar o dia fazendo um churrasquinho com os amigos com toda a infra de churrasqueira, quiosques, tudo isto com uma vista priveligiada do mar. Como disse aqui e comum uma bela “farofa”, obviamente sem deixar nada sujo. Detalhe importante nao se paga nada por isso.
Lahaina tem um centro de lojas e muita gente que desembarca dos cruzeiros para as compras as ruas lotadas de turistas, pessoalmente nao e exatamente meu tipo de programa. Mas para quem gosta e um prato cheio.

Ja no dia seguinte fomos com meu primo Daniel que vive aqui desde os 10 anos de idade, para um surf spot muito show Honumanu Bay , nao chega a ser um secret spot mas nao e divulgado e muito pouca gente surfa por la. O mar nao estava grande mas a praia me deu uma licao de humildade, a praia e muito rasa e com fundo de pedras e mais dificil passar as pedras na beira do que passar a arrebentacao, na quinta onda que peguei cai sentado nas pedras por providencia divina nao me machuquei mais seriamente. Na hora de sair cortei os 2 pes, fiquei com as pernas todas arranhadas e com uma pedrina encrustrada em um dos pes.
A primeira coisa que fiz no dia seguinte foi comprar uma sapatilha de borracha para surfar e poder andar sobre as pedras.
De la fomos para uma vila onde so moram Havaianos passamos em uma barracca onde e feita uma das delicias locais, o pao de banana uma delicia que pode sustentar uma pessoa durante muitas surf sessions hehehe. Muito bom.
A NOITE FIZEMOS UM CHURRASCO!!! Quem me conhece bem sabe que nao e possivel que eu fique muito tempo nem fora da agua, nem longe da churrasqueira.
A Rita ficou abismada com a quantidade de brasileiros por aqui acho que tinham umas 20m pessoas e destas so 6 eram amrericanas, isto incluindo meus primos. Uma galera muito gente fina que rala bastante e conseguiu multiplicar em muito a qualidade de vida, nao pense que e Dysney landia por que nao e mas realmente entre dar duro aqui com esta atmosfera ou em Sao Paulo com toda a poluicao, bagunca, corrrupcao, engarrafamento, escolho ficar aqui qualquer dia. Infelizmente ainda nao da, mas acho que a semente de mudanca esta plantada em nossos coracoes, quem sabe daqui a alguns anos??
Amanha tem mais aloha para todos.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Primeiro dia na ilha.






Aloha!!!
Chegamos!!!!
Nao reparem mas o computador que estou usando nao tem acetuacao nem cedilha.
Na verdade chegamos ontem, mas estavamos sem condicao de jogo, teria muitas fotos da viagem para mostrar mas hoje na praia a Rita apagou todas as fotos!!!!!
Acho que ainda e efeito da jornada, fomos de Sampa para Miami mais ou menos 8 horas, Miami para Dallas 2:30 horas, de Dallas para Maui mais 8:00 contando com o tempo de aeroporto deu umas 24 horas de viagem, A ULTIMA HORA FOI A MAIS LONGA DA MINHA VIDA. Na primeira etapa foi show fomos de primeira classe infelizmente nas outras etapas nao tivemos a mesma oportunidade.
Chegamos na casa do Bruno conseguimos nos manter acordados durante a janta, um churrasco de fraldinha ou como dizem no sul e na argentina de "vazio", tava muito bom, principalmente que na ultima etapa tinham npos avisado que se quizessemos comer algo no aviao era bom comprar pois o que tinha seria vendido a bordo mas provavelmente nao tinha pra todo mundo, levamos nosso farnel, mas foi muito pouco, chegamos babando de fome, hehehe.
Conseguimos ficar acordados ate as 21:00, horario local ou seja 4:00 da manha horario do Brasil.
Acordamos hoje cedinho 6 da manha tomamos cafe e pegamos a estrada, fomos para o sul da Ilha.
Descemos ate a 36 e fomos ate Ho'okipa o mar estava pequeno e com um crowd concentrado no pico, voces pederiam ver as fotos, agora vao ter que imaginar, nossa ideia hoje era basicamente iniciar o reconhecimento e fomos ate a Mokulele Hwy qu nos levou a te a Kihey Rd onde pudemos ir costeando e parando em diversos beach parks, que sao locais onde as pessoas estacionam os carros e tem uma infra onde alem da praia voce pode fazer um pique- nique fazer um churras ou outras coisa que no Brasil seria chamado de farofa e pro aqui e muito comum, obviamente tudo muito linpo e super bem cuidado nao se ve um papelzinho no chao tudo muito bem preservado.
Passamos no supermercado e compramos nossa "farofa", muitas frutas, sucos, pao, presunto queijo e uma bandeja de sushi de polvo outra de camarao jogamos tudo no cooler com gelo e la fomos nos.
Paramos no Kamaole Beach Park III, montamos o acampamento e fomos para o mar pela primeira vez, antes de entrar no mar fui falar com os salva vidas para ver se tinham alguma recomendacao pois pretendia nadar.
Eles disseram que era tranquilo mas devia cuidar com os tubaroes, as possibilidades de ser atacado sao infimas mas ele se sentiu na obrigacao de me alertar uma vez que estava entrando na casa deles, portanto nao recomendava que eu fosse muito longe.
como sou muito obediente obedeci, hehehehe, devo ter nadado uns 3000 m indo de um lado pro outro na pequena baia enquanto nadava nao encontrei o Nemo mas, achei a Doly, alias um cardume delas, muito lindos peixes azuis mas ainda nao descobri o nome deles, se alguem souber, por favor me avise. O sol estava forte e o negao aqui mesmo besuntado de filtro solar 45 saiu da agua e foi para a sombra comemos e seguimos adiante, fomos pra Maquena e ate aonde a estrado nos levou a vista realmente muito bonita da vontade de parar em todos os lugares.
Final de tarde voltamos pra casa so com meia duzia de fotos mas tudo bem...
O por do sol foi um espetaculo assim que baixar as fotos vou postar las no blog.
Bom amanha vamos para o norte provavelmente vamos levar as long boards, se a Rita nao aprontar novamente eu mostro as fotos rsrsrsrs.

domingo, 23 de setembro de 2007

Travessia de despedida







Juntar a galera da Ecofit na travessia de Guaiuba foi show!!!! Foram 1500m, pelo que vi o velhinho aqui até que não foi mal, cheguei em vigésimo lugar na minha categoria.
Foi legal dar uma carga e agora é só encarar o voo. O mar tava baixo e decidimos nem dar uma caida pra surfar. Esta foi nossa despedida de Sampa.
Sairemos amanhã a noite para Dallas e devemos chegar lá de manhã cedinho e a conecção para Maui sai lá pelas 13:30, ai são mais 8:00. Vamos chegar de bunda quadrada mas rindo a toa hehehe.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Um pouco do histórico


Bom realmente muito coisa mudou desde que escrevi o texto que leram anteriormente, mas a maior mudança foi a partir do dia 9 de março de 2007.
Este foi o dia que eu tive o AVC, foi durante o banho, enquanto estava caído no chão debaixo do chuveiro paralisado, sentindo que a coisa estava preta e que estava perdendo os sentidos, neste momento com a cabeça escorada na parede lutando para me manter acordado, pois tinha a nítida sensação de que seu eu apagasse não iria acordar mais, me veio uma visão absurda e devido a esta visão me veio a mente a frase “puta que o pariu, será que a ultima coisa que vou ver na vida vai ser esta barriga enorme na minha frente!!!” desculpem o palavreado chulo mas como moribundo achei que tinha direito naquela hora mais do que nunca uma opinião sincera.
Bom como podem presumir não foi a ultima visão pois estou aqui escrevendo, e posso garantir que não é do além.
Deus permitiu que o coágulo andasse e desobstruísse o encanamento com isto fui recuperando aos poucos os movimentos.
Passei por diversas fases, três dias internado para exames, depois de concuido que tinha sido realmente uma AVC , veio a anticoagulação, até descobrirem o que causou o piripaque, esta foi meio chata, fiquei quase uma semana hospitalizado, heparina ( eu acho que este era o nome do bagulho que ficaram pingando ni mim na veia) e sangue sendo retirado de 6 em 6 horas, sai do hospital mais picado do que drogado velho, isto foi muito ruim, depois disso não podia mais nem surfar porque era perigoso me cortar wakeboard nem pensar por causa do impacto, foi chato.
AH! acho que esqueci de mencionar, zerei totalmente o consumo de tabaco e álcool depois de ter o treco.
Depois disso descobriram que eu tinha um tal de forame oval patente, em outras palavras, um buraco que não devia estar aberto no coração mais especificamente no átrio, que permitiu a passagem do coagulo. Depois de muita discussão médica chegaram a conclusão de que era melhor fechar a passagem assim eu poderia voltar a ter uma vida normal sem anticoagulantes.
Logo depois que sai do hospital pela primeira vez assim que fui liberado para viajar comecei a nadar.
No primeiro dia parecia que eu estava com uma bóia, El Barrigon, quase morri para nadar 400 metros. Mesmo assim continuei treinando todas os dias eram uma forma de me manter dentro do meu meio favorito, o liquido, já que não podia surfar nem fazer wake, pelo menos podia ficar dentro d’agua, ate o dia antes da cirurgia (operação tapa buraco) fiz 6.000 metros em 2 horas e 20 minutos já pesando 12 quilos a menos.
A operação, graças as maravilhas modernas, foi feita por cateter e entrei no hospital em um dia, se não me engano foi numa sexta feira pela manhã e saí na manhã seguinte, já livre dos anticoagulantes. Já na segunda estava de volta a piscina, e na semana seguinte pra comemorar fiz 7.000 metros, a participação dos treinadores e da academia certamente fizeram uma grande diferença em minha recuperação.
Agora estava prontinho para voltar a ativa.
O primeiro dia de surf foi memorável pois agora estava com um prepara físico e uma disposição que acho que nem quando tinha 13 anos quando comecei a surfar eu possuía.
Voltando pra casa chorei estava com a voz embargada e acredito que só naquele momento minha esposa entendeu totalmente o quanto o mar e o surf são importantes para mim. Nunca vou esquecer este dia. mesmo agora enquanto estou escrevendo meus olhos se enchem de agua.
No dia 8 de setembro foi outro dia memorável fui fazer wake pela primeira vez depois da liberação médica, também foi uma grande emoção ainda mais que estava junto com minha esposa meu irmão e minha cunhada, foi show.
Bem escrevi isto tudo só para entenderem porque esta viagem é tão importante e porque quero registrar tudo passo a passo braçada a braçada, vaca a vaca, pedalada a pedalada e sorriso a sorriso.
Deus me deu uma segunda chance, isto realmente mudou muinhas prioridades.

Este texto ai em baixo foi escrito a 5 anos, quando a semente foi plantada desde então muita coisa mudou e finalmente estamos botando o pé na estrada por isto digo que esta jornada iniciou a muito tempo. A foto é mais ou menos da mesma época ( eu até tinha cabelo hehe) e foi tirada lá em Paúba. E esta que esta na foto comigo é a Rita minha esposa, amulher que amo, com quem rio e choro, companheira, amante, fiel amiga, quem sempre terá meu apoio e que é meu apoio em todos os momentos . Vamos juntos em mais este projeto.


On the road to Maui.

Como começou?

Talvez com a necessidade crescente de sair de São Paulo, deixar para traz a correria do dia-a-dia que nesta cidade parece que quando chegamos em casa não fomos a lugar algum.
A empresa é uma parte integrante de você e ela existe em função de tudo que você faz. O desafio dá um gosto especial, mas com certeza não é tudo, apesar de poder dizer sinceramente que sou apaixonado pelo que faço e sinto que fazemos a diferença na vida de uma pessoa que passa por nosso aconselhamento, e para a empresa que contratou nosso serviço. Parecem sentimentos antagônicos? Na realidade são.
Desde criança parece que não nasci para fincar raízes, e aparentemente os ciclos de mudança mais freqüentes se dão a cada 4 anos da minha vida.
Nasci em Porto Alegre, mudei para São Paulo, mudei para o Rio, mudei para Los Angeles, voltei para o Rio, no Rio me mudei2 vezes, voltei para São Paulo, aqui já me mudei cinco vezes, até agora.
Senti que estava na hora de reciclar, pensar, viver mais uma grande aventura e através dela criar uma nova força e mais idéias recarregar as baterias da criatividade.

Porque Surfar?

Sou apaixonado pelo mar pela natureza e pelo Surf. Já conhecia Oahu e queria um lugar diferente. Vi muitas fotos e realmente me encantei pelo que vi.
Sempre que vemos algo na tv, é north shore Oahu. Quando vemos Maui sempre Jaws, Jaws, Jaws e mais Jaws.
Queria ir para Jaws, ver as ondas gigantes isto é obvio, quem sabe até ser passar pela experiência do tow in, mas queria principalmente ver aquilo que a tv não mostra ir aos lugares que os turistas não conhecem talvez até fotografar, filmar e manter segredo sobre a localização dos “secret spots”.
Portanto que melhor maneira de fazer isto do que dar a volta na ilha a pé, de barco ou jet sky nos locais que não são acessíveis por terra.
E foi assim que tudo começou.
Dificilmente quando um executivo decide fazer uma pausa para por as coisas em perspectiva pensa em surf, mar ou praia. Ainda existe um certo preconceito, certamente bem menor do que era no passado, bem lá no fundinho que diz que isso é coisa de vagabundo.
As vezes fico pensando o que faz com que as pessoas comecem a surfar, e os motivos que vejo são muitos.
Quando comecei eu ficava fascinado em ver aqueles caras no Arpoador e no fim do Leblon onde hoje é o mirante. Sei lá, de repente estava vendo o Rico e o Bocão sem Ter a mínima idéia de quem eles eram, ou viriam a ser dentro do Surf nacional e internacional, provavelmente nem eles sabiam que estavam iniciando a história.
Naquela época ,1973, Bruno, meu tio falava do Hawaii onde tinha estado, e hoje ele mora em Maui, e sempre fala muito do lugar despertando cada vez mais a vontade de conhecer as maravilhas locais bem de perto.
Em 1973, eu nunca havia saído do Brasil tinha nove anos de idade e ficava perguntando para o Bruno se aquela onda era boa ou aquela outra, por cada praia que passava. Ainda pensava que bastava ter tamanho e meu tio me explicava que dependia muito da maneira que a onda quebrava. Eu fazia cara de quem estava entendendo do que se tratava, mas no fundo não entendia nada.
Só uma coisa era certa, um dia eu ia surfar, só não sabia quando.
Meu pai e meu tio poderiam ser considerados watermen na época pois, mergulhavam, esquiavam, entravam em mar cascudo pra pegar jacaré desde 1950 e tal no Rio Grande do Sul, a primeira vez que vi um snorkel foi em 73 mas desde 3, 4 anos de idade já tinha o incentivo de pegar uma onda de jacaré e de planonda ( como eram chamadas as pranchas de isopor no sul).
Meu pai era aviador e foi transferido para São Paulo e fiquei quase 4 anos sem ver praia, não que elas não existissem mas infelizmente não íamos pra lá, no máximo uma represa.
Foi quando mudei pro Rio que toda fascinação começou.
Demoraram 4 longos anos para nos mudarmos para a Califórnia.
Ai meu sonho virou realidade.
No Brasil havia a vontade mas não a possibilidade $. Em Los Angeles tinha a vontade e pranchas velhas eram vendidas a troco de banana.
Me lembro como se fosse hoje, a primeira vez que fui a um Surf Shop e vi todos aqueles objetos de desejo enfileirados.
Tinha pouco dinheiro mais precisamente U$ 35,00 e resolvi comprar primeiro um wetsuit, pois a prancha já tinha arrumado emprestada e quem conhece a temperatura da água na Califórnia provavelmente apoiaria minha decisão.
Mesmo assim passei muito frio pois a grana só dava pra comprar uma jaqueta com a parte de baixo que nós chamávamos de modes pra proteger o saco.
Lá fui eu, com meu pai pra praia, eu tinha 13 anos muita vontade e uma jaqueta de borracha, a água a 15 graus, e uma prancha que devia ter uns 7 pés e tanto contra meus 4 pés e pouco de altura.
O mar estava bom, pelo menos eu achava que estava bom, consegui passar a arrebentação, já me sentindo um super herói.
Tinha muita teoria que tinha ouvido de muitas pessoas, como:
“Remar na onda até sentir que ela esta te levando, ai levanta”.
Foi exatamente o que eu acho eu fiz, e a ultima coisa que vi foi o bico da prancha entrando fundo na água. Foi meu primeiro caldo, e foi dos bons apesar da onda não ter mais do que 4 pés levei aquela embolada.
Sai do mar meio abatido, mas decidido a comprar uma prancha de verdade, e esta ia ser minha.
Foi uma monoquilha usada 6’5” do Andy Johnson, que conprei por U$40,00 .
Na próxima vez que fui surfar fui para Topaz, com uns amigos mais velhos, Silvio que tinha 16 e tinha carteira de motorista que passou a ser a salvação da lavoura (surf) e o Nelsinho irmão dele, atualmente ambos são pilotos comandantes da Varig e grandes amigos. Alias hoje Silvio ainda pega onda mas agora com seu filho Rafael de 17 anos. Graças a Deus a nova geração continua.
Aquele dia foi mágico, a sensação de ficar em pé na prancha pela primeira vez é inesquecível.
A fluidez com que a água corre por debaixo da prancha, o deslizar, o vento, a natureza o momento que só quem passou por ele pode entender.
Ao voltar pro line –up diversas pessoas parabenizando você, não só conhecidos mas surfistas que eu não conhecia, que me traziam pra você a energia de fazer de um novo mundo e me fez sentir muito bem, infelizmente não tenho mais visto isso.
Este ano dei uma de minhas pranchas pela primeira vez, para uma pessoa que não tinha condições de comprar uma prancha e infelizmente não estava lá para ver este momento, mas fiquei muito feliz que a primeira coisa que eu ouvi quando me reencontrou foi, “já fiquei de pé”. Isto é impagável!
Espero que você passe por esta experiência.
Tente sempre de lembrar – se daquele dia mágico, que eu tenho certeza que esta impresso em alto relevo em sua memória, sempre que olhar para alguém tentando pegar aquela primeira onda, ou quem sabe as primeiras e inesquecíveis, dê um incentivo ao invés do risinho de desprezo.
Dar uma dica, ou um simples sorriso pode fazer a diferença.
Mostre pra ele(a) que você esta feliz de que ele(a) conseguiu e é benvindo(a).
Hoje tenho a certeza que não vou ser nenhum Gerry Lopez ou Laird Hamilton, provavelmente nunca mais terei o preparo físico e psicológico para surfar ondas gigantes, mas pego minhas ondinhas por aí.
Sempre serei um Soul Surfer, não me interessa que você pode sufar melhor do que eu, mas o que me interessa é que você respeite o Surf em sua alma.
Isto sem dúvida é maior que nós.
Só espero que se você surfa ou que comece a surfar que seja pelos motivos certos.
E estes são maiores do que você e eu.
Quando o Laird Hamilton esteve aqui no Brasil ouvi o que tinha a dizer, e que mais me marcou não foram suas palavras, mas sua humildade na atitude.
Continuo dizendo que nossa felicidade dentro do mar depende muito mais da nossa camaradagem e não da nossa perfomance.

Como ir?

A parte mais importante da jornada é a simples decisão de por o pé na estrada.
A parte mais difícil provavelmente é o como.
Antes de planejar a ida, a não ser que você esteja pouco se lixando para o que vai encontrar na volta, é conseguir planejar sua ausência da empresa. A final de contas não é uma semana e eu nunca tinha me ausentado da empresa por mais de quinze dias.
Inicia então a busca por quem compre a idéia, inicialmente pensei em Discovery, mas o que queria mesmo é população mais próxima do Brasil e do surf, a primeira pessoa em quem pensei foi no Marcelo da Legends onde encomendo minhas pranchas e compro todo meu equipamento, não pensei no seu patrocínio mas na possibilidade de me botar em contato com seus fornecedores, e principalmente a revista Trip pois a história tinha tudo com o foco da revista. Tinha pensado na Fluir mas como iria passar a maior parte do tempo andando ao invés de surfar achei que não seria o foco.
Quando marquei a primeira reunião a Rita (minha esposa) se empolgou e decidiu que queria ir também, afinal de contas semprefoi minha companheira nas trilhas no litoral Norte e faz 10 milhas em 3 horas fácil, para ser totalmente franco acho que pra caminhar ela tem bem mais pique do que eu. O que muda basicamente que ao invés de um empresário seriamos dois, ela é dona da Cacau Brasil chocolates, um motivando o outro. Porém com um inconveniente, o patrocínio teria que ser maior, mas as filmagens fotos e carga poderiam ser divididos.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Expectativa


Esta nossa jornada começou a muito tempo.