
Oahu
Descrever nossa ida a Oahu é sem dúvida algo muito difícil, e mais uma vez percebo minha limitação com as palavras, ainda assim daria pra escrever um capítulo bem longo, mas acho melhor resumir e escrever capítulos mais curtos.
A chegada.
Saímos bem cedo de casa e quando chegamos ao aeroporto ainda estava bem escuro. Do avião pudemos ver o sol nascer enquanto voávamos por cima de Lanai que é uma pequena ilha, que sobrevoamos no trajeto, com uma pequena população, aproximadamente 3000 hab, concentrados em uma vila.
Conhecida como Pinaple Island, pelo seu passado, com uma ampla plantação de abacaxis.
É engraçado, esta é minha terceira vez em Oahu, apesar de já saber que é uma grande cidade com engarrafamentos, shoppings e arranha-céus, ainda fico na esperança de ao descer do avião encontrar com o Sr Roarke e o Tatu dizendo: "Bem vindos à Ilha da Fantasia", com havaianas colocando os “Leis” no pescoço dos visitantes. Se é isto que está esperando, tire esta imagem da cabeça para não ficar decepcionado; a imagem que se tem sempre, é dos filmes com as Ilhas do Pacífico sul, muitos coqueiros e cabaninhas. Quando você chega num grande aeroporto, desembarca, pega seu carro e entra numa freeway em direção a Waikiki onde a maior parte das pessoas ficam hospedadas. Dá sempre a impressão de que desembarcamos no lugar errado. Quando passamos pela Kalakaua Av. com suas lojas de grife enfileiradas, parece mais Rodeo Dr do que Hawaii. A Rita que estava visitando a Ilha pela primeira vez, ficou atônita.
Visita a Pearl Harbour:
Como chegamos muito cedo não podíamos fazer o check-in, que era só as 15:00. Só o que já estava aberto para visitação era Pearl Harbour, onde fica o Arizona Memorial, construído em cima do SS Arizona que afundou no ataque dos japoneses no dia 7 de Dezembro de 1941. Rola um clima bem respeitoso, afinal de contas milhares de pessoas morreram neste ataque e estão até hoje enterrados (ou melhor, afundados) nos próprios navios.
Assistimos a um filme que explicou o ataque Japonês e a entrada dos USA na guerra.
Caso tenha curiosidade ai vai, caso não tenha pode pular esta parte:
A Liga das Nações, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália e os Países Baixos, todos dos quais com interesses territoriais no Sudoeste da Ásia, desaprovaram os ataques japoneses contra a China, e responderam com condenação e pressão diplomática. O Japão protestou e retirou-se da Liga das Nações em protesto. Em julho de 1939, os EUA aumentaram a pressão ao terminarem o tratado comercial estadunidense com o Japão, que tanto mostrou oficialmente a posição dos EUA, como removeu quaisquer barreiras legais contra embargos. O Japão continuou com a sua campanha militar na China e assinou o tratado Anti-Comintern com a Alemanha Nazista, formalmente acabando com as hostilidades do fim da Primeira Guerra Mundial, e declarando interesses comuns entre os dois países. Em 1940, o Japão assinou o Pacto Tripartite com a Alemanha Nazista e a Itália fascista para formar os poderes do Eixo.
As ações japonesas fizeram assim com que os EUA criassem embargos contra as importações japonesas de metal e gasolina e fechassem o Canal do Panamá a embarcações japonesas. A situação continuou a agravar-se, e em 1941 o Japão avançou para o norte da Indonésia. O governo estadunidense respondeu congelando todos os bens japoneses nos EUA e iniciaram um embargo completo às importações japonesas de petróleo. O petróleo era provavelmente o recurso mais crucial para o Japão, devido aos seus próprios recursos petrolíferos serem bastante limitados, pois 80% das importações japonesas de petróleo vinham dos EUA. Certamente a Marinha Imperial Japonesa dependia inteiramente de petróleo importado.
As negociações diplomáticas intensificaram-se quando os Estados Unidos enviaram uma nota ao Japão, o qual o primeiro-ministro Hideki Tojo descreveu ao seu gabinete como um ultimato. O Japão sentiu que teria de escolher entre aceitar os termos dos EUA e do Reino Unido — retirando-se assim da China e dos territórios à volta dela — ou continuar o seu expansionismo. Preocupado em perder status e prestigio na comunidade internacional se o Japão recuasse, e percebendo a ameaça dos poderes Ocidentais, que controlavam território no Pacífico e na Ásia Oriental, para a sua segurança nacional, o governo imperial japonês que tinha já opções militares preparadas, decidiu executá-las, entrando assim em guerra com os EUA, o Reino Unido e a Holanda. Tendo já assinado o Pacto do Eixo com a Alemanha Nazista, a Itália fascista e outros países, significou que o Japão teria de lutar contra os poderes Aliados ao lado dos seus aliados.
Descobri que tinha até um Koch (família da minha avó paterna) na lista dos mortos no ataque.
Havia alguns sobreviventes daquele dia por lá; tiramos fotos com eles e eles escreveram uma dedicatória na carteira da Rita. Eles são muito espirituosos e simpáticos.
Chegada a Waikiki:
Depois da visita ao SS Arizona fomos para Waikiki, despejar as bagagens no hotel enquanto não podíamos fazer o check-in e saímos pra bater perna. Fomos até a loja da Oakley e fizemos a festa - hehehe, passeamos pelo International Market, caminhamos pela orla da praia e ficamos babando a cor do mar e os surfistas com suas long boards surfando em ondas sem fim. Fomos almoçar um lugar muito gostoso com vista para o mar e tomamos 2" longboard" que é uma cerveja local muito boa. Não dava pra querer muito, mas estava tudo perfeito, até os pássaros que entram à vontade no restaurante e pousam na sua mesa sem medo, curtem o lugar.
Finalmente fizemos o check-in, deixamos as coisas no quarto e fui correndo alugar uma Long pra que eu também pudesse aproveitar as ondas.
Depois disso ficamos ali sentados na mureta da praia só curtindo o visual do por de sol, onde você fica com certeza de que Deus estava muito inspirado quando fez este local.
Pra completar ainda havia uma banda, que depois descobrimos ser “ Manoa DNA”, mas isto já é pro próximo capitulo, tocando Eagles e musicas havaianas contemporâneas no Lulu’s, que é bar/restaurante/ danceteria, do outro lado da rua. Os caras são muito bons. Mais uma vez não dava pra pedir mais nada deste fim de tarde.
Descrever nossa ida a Oahu é sem dúvida algo muito difícil, e mais uma vez percebo minha limitação com as palavras, ainda assim daria pra escrever um capítulo bem longo, mas acho melhor resumir e escrever capítulos mais curtos.
A chegada.
Saímos bem cedo de casa e quando chegamos ao aeroporto ainda estava bem escuro. Do avião pudemos ver o sol nascer enquanto voávamos por cima de Lanai que é uma pequena ilha, que sobrevoamos no trajeto, com uma pequena população, aproximadamente 3000 hab, concentrados em uma vila.
Conhecida como Pinaple Island, pelo seu passado, com uma ampla plantação de abacaxis.
É engraçado, esta é minha terceira vez em Oahu, apesar de já saber que é uma grande cidade com engarrafamentos, shoppings e arranha-céus, ainda fico na esperança de ao descer do avião encontrar com o Sr Roarke e o Tatu dizendo: "Bem vindos à Ilha da Fantasia", com havaianas colocando os “Leis” no pescoço dos visitantes. Se é isto que está esperando, tire esta imagem da cabeça para não ficar decepcionado; a imagem que se tem sempre, é dos filmes com as Ilhas do Pacífico sul, muitos coqueiros e cabaninhas. Quando você chega num grande aeroporto, desembarca, pega seu carro e entra numa freeway em direção a Waikiki onde a maior parte das pessoas ficam hospedadas. Dá sempre a impressão de que desembarcamos no lugar errado. Quando passamos pela Kalakaua Av. com suas lojas de grife enfileiradas, parece mais Rodeo Dr do que Hawaii. A Rita que estava visitando a Ilha pela primeira vez, ficou atônita.
Visita a Pearl Harbour:
Como chegamos muito cedo não podíamos fazer o check-in, que era só as 15:00. Só o que já estava aberto para visitação era Pearl Harbour, onde fica o Arizona Memorial, construído em cima do SS Arizona que afundou no ataque dos japoneses no dia 7 de Dezembro de 1941. Rola um clima bem respeitoso, afinal de contas milhares de pessoas morreram neste ataque e estão até hoje enterrados (ou melhor, afundados) nos próprios navios.
Assistimos a um filme que explicou o ataque Japonês e a entrada dos USA na guerra.

Caso tenha curiosidade ai vai, caso não tenha pode pular esta parte:
A Liga das Nações, os Estados Unidos, o Reino Unido, a Austrália e os Países Baixos, todos dos quais com interesses territoriais no Sudoeste da Ásia, desaprovaram os ataques japoneses contra a China, e responderam com condenação e pressão diplomática. O Japão protestou e retirou-se da Liga das Nações em protesto. Em julho de 1939, os EUA aumentaram a pressão ao terminarem o tratado comercial estadunidense com o Japão, que tanto mostrou oficialmente a posição dos EUA, como removeu quaisquer barreiras legais contra embargos. O Japão continuou com a sua campanha militar na China e assinou o tratado Anti-Comintern com a Alemanha Nazista, formalmente acabando com as hostilidades do fim da Primeira Guerra Mundial, e declarando interesses comuns entre os dois países. Em 1940, o Japão assinou o Pacto Tripartite com a Alemanha Nazista e a Itália fascista para formar os poderes do Eixo.
As ações japonesas fizeram assim com que os EUA criassem embargos contra as importações japonesas de metal e gasolina e fechassem o Canal do Panamá a embarcações japonesas. A situação continuou a agravar-se, e em 1941 o Japão avançou para o norte da Indonésia. O governo estadunidense respondeu congelando todos os bens japoneses nos EUA e iniciaram um embargo completo às importações japonesas de petróleo. O petróleo era provavelmente o recurso mais crucial para o Japão, devido aos seus próprios recursos petrolíferos serem bastante limitados, pois 80% das importações japonesas de petróleo vinham dos EUA. Certamente a Marinha Imperial Japonesa dependia inteiramente de petróleo importado.
As negociações diplomáticas intensificaram-se quando os Estados Unidos enviaram uma nota ao Japão, o qual o primeiro-ministro Hideki Tojo descreveu ao seu gabinete como um ultimato. O Japão sentiu que teria de escolher entre aceitar os termos dos EUA e do Reino Unido — retirando-se assim da China e dos territórios à volta dela — ou continuar o seu expansionismo. Preocupado em perder status e prestigio na comunidade internacional se o Japão recuasse, e percebendo a ameaça dos poderes Ocidentais, que controlavam território no Pacífico e na Ásia Oriental, para a sua segurança nacional, o governo imperial japonês que tinha já opções militares preparadas, decidiu executá-las, entrando assim em guerra com os EUA, o Reino Unido e a Holanda. Tendo já assinado o Pacto do Eixo com a Alemanha Nazista, a Itália fascista e outros países, significou que o Japão teria de lutar contra os poderes Aliados ao lado dos seus aliados.
Descobri que tinha até um Koch (família da minha avó paterna) na lista dos mortos no ataque.
Havia alguns sobreviventes daquele dia por lá; tiramos fotos com eles e eles escreveram uma dedicatória na carteira da Rita. Eles são muito espirituosos e simpáticos.
Chegada a Waikiki:
Depois da visita ao SS Arizona fomos para Waikiki, despejar as bagagens no hotel enquanto não podíamos fazer o check-in e saímos pra bater perna. Fomos até a loja da Oakley e fizemos a festa - hehehe, passeamos pelo International Market, caminhamos pela orla da praia e ficamos babando a cor do mar e os surfistas com suas long boards surfando em ondas sem fim. Fomos almoçar um lugar muito gostoso com vista para o mar e tomamos 2" longboard" que é uma cerveja local muito boa. Não dava pra querer muito, mas estava tudo perfeito, até os pássaros que entram à vontade no restaurante e pousam na sua mesa sem medo, curtem o lugar.
Finalmente fizemos o check-in, deixamos as coisas no quarto e fui correndo alugar uma Long pra que eu também pudesse aproveitar as ondas.
Depois disso ficamos ali sentados na mureta da praia só curtindo o visual do por de sol, onde você fica com certeza de que Deus estava muito inspirado quando fez este local.
Pra completar ainda havia uma banda, que depois descobrimos ser “ Manoa DNA”, mas isto já é pro próximo capitulo, tocando Eagles e musicas havaianas contemporâneas no Lulu’s, que é bar/restaurante/ danceteria, do outro lado da rua. Os caras são muito bons. Mais uma vez não dava pra pedir mais nada deste fim de tarde.
